quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Vacinas na gravidez: tomar ou não tomar?

As vacinas (ou imunobiológicos) que os bebés tomam nos primeiros meses de vida demoram a surtir efeito, porque o sistema imunológico da criança ainda não está suficientemente maduro. Portanto, são os anticorpos da mãe que protegem o recém-nascido contra infecções. Anticorpos do tipo IgG passam do organismo da gestante para o do feto através da placenta. Vacinar mulheres grávidas seria, então, uma ótima estratégia para garantir a saúde dos bebés. Contudo, as vacinas não são rotineiramente recomendadas para gestantes, já que se temem alguns efeitos nocivos para a criança e para a mãe.
Realmente, certas vacinas – como a da rubéola – não devem ser tomadas por mulheres grávidas. Porém, é importante que gestantes recebam a vacina contra difteria e tétano. Pesquisas já mostraram que essas duas vacinas são seguras e reduzem o risco das doenças entre recém-nascidos. “Apesar de nenhuma evidência de risco de malformação fetal ter sido associada às vacinas, há muito medo de que imunobiológicos possam causar algum tipo de efeito prejudicial ao feto. Sempre que for possível, então, vacinas recomendadas para gestantes devem ser administradas nos estágios finais da gravidez, quando o feto já estiver formado”, diz Lúcia Ferro Bricks num artigo publicado na Revista do Hospital das Clínicas (volume 58; número 5). A pesquisadora analisou publicações científicas dos últimos dez anos sobre a vacinação na gravidez.
Em geral, após seis meses, os anticorpos maternos já desapareceram do organismo do bebé ou, então, estão presentes em quantidade muito pequena. “Contudo, no segundo semestre de vida, crianças que foram adequadamente imunizadas já apresentam os seus próprios anticorpos. Mulheres vacinadas durante a gravidez podem ainda transferir anticorpos específicos contra vários agentes infecciosos através do colostro (líquido amarelado secretado pelas glândulas mamárias alguns dias antes e depois do parto) e do leite materno”, afirma Lúcia no artigo.Muitos pesquisadores têm-se dedicado ao desenvolvimento de vacinas cada vez mais eficientes e seguras. Por isso, “espera-se que num futuro próximo um calendário de vacinação para mulheres grávidas amplamente expandido, com novas vacinas a serem incorporadas”, diz Lúcia no artigo.

Fonte:Agência Notisa

http://www.associacaoartemis.com

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