sábado, 31 de janeiro de 2009

Boneca mamã

A Doula Filipa da BioBebés tem um novo artigo á venda, umas bonecas lindas.

Vejam, palavras para quê????

Elas vão estar é venda no Congresso da Humpar, mas se alguém estiver interessada é só dizer ;)

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

II Congresso Internacional "Humanização do Nascimento – Caminhos e Escolhas

É com enorme satisfação que anunciamos a realização do II Congresso Internacional "Humanização do Nascimento – Caminhos e Escolhas".

Desta vez a Humanização viaja a norte, mais precisamente à invicta cidade do Porto. Este evento terá lugar nos dias 12, 13 e 14 de Fevereiro no Hotel Sheraton.

Pelo impressionante número e qualidade dos palestrantes e convidados especiais, não podemos deixar de comparecer em massa dando um verdadeiro sinal de vitalidade e ânimo.

Acreditamos que pela dimensão do Congresso muitas serão as consequências positivas, à semelhança do I Congresso realizado em 2006 na cidade de Almada.

Para mais informações basta visitar a página da HumPar em http://www.humpar.org/.

Uma vez que as inscrições são limitadas, agradecemos que os interessados se inscrevam o quanto antes possível. Chamamos a atenção para o facto de que existem 2 períodos diferenciados para realizar a inscrição no evento, sendo que os primeiros a inscrever-se terão a possibilidade de pagar um preço praticamente simbólico.



Cumprimentos humanizados,


Cristina Torres
Presidente da Direcção

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Vacinas na gravidez: tomar ou não tomar?

As vacinas (ou imunobiológicos) que os bebés tomam nos primeiros meses de vida demoram a surtir efeito, porque o sistema imunológico da criança ainda não está suficientemente maduro. Portanto, são os anticorpos da mãe que protegem o recém-nascido contra infecções. Anticorpos do tipo IgG passam do organismo da gestante para o do feto através da placenta. Vacinar mulheres grávidas seria, então, uma ótima estratégia para garantir a saúde dos bebés. Contudo, as vacinas não são rotineiramente recomendadas para gestantes, já que se temem alguns efeitos nocivos para a criança e para a mãe.
Realmente, certas vacinas – como a da rubéola – não devem ser tomadas por mulheres grávidas. Porém, é importante que gestantes recebam a vacina contra difteria e tétano. Pesquisas já mostraram que essas duas vacinas são seguras e reduzem o risco das doenças entre recém-nascidos. “Apesar de nenhuma evidência de risco de malformação fetal ter sido associada às vacinas, há muito medo de que imunobiológicos possam causar algum tipo de efeito prejudicial ao feto. Sempre que for possível, então, vacinas recomendadas para gestantes devem ser administradas nos estágios finais da gravidez, quando o feto já estiver formado”, diz Lúcia Ferro Bricks num artigo publicado na Revista do Hospital das Clínicas (volume 58; número 5). A pesquisadora analisou publicações científicas dos últimos dez anos sobre a vacinação na gravidez.
Em geral, após seis meses, os anticorpos maternos já desapareceram do organismo do bebé ou, então, estão presentes em quantidade muito pequena. “Contudo, no segundo semestre de vida, crianças que foram adequadamente imunizadas já apresentam os seus próprios anticorpos. Mulheres vacinadas durante a gravidez podem ainda transferir anticorpos específicos contra vários agentes infecciosos através do colostro (líquido amarelado secretado pelas glândulas mamárias alguns dias antes e depois do parto) e do leite materno”, afirma Lúcia no artigo.Muitos pesquisadores têm-se dedicado ao desenvolvimento de vacinas cada vez mais eficientes e seguras. Por isso, “espera-se que num futuro próximo um calendário de vacinação para mulheres grávidas amplamente expandido, com novas vacinas a serem incorporadas”, diz Lúcia no artigo.

Fonte:Agência Notisa

http://www.associacaoartemis.com

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Sequelas psicológicas do aborto espontâneo

O aborto espontâneo está associado a diversas consequências físicas e psicológicas

A gravidez é um momento especial na vida de uma mulher. Durante a gravidez, a mulher sonha com um bebé que é idealizado como um bebé perfeito. O nascimento torna o sonho realidade e é o momento em que a mãe ajusta as fantasias do bebé imaginado ao bebé real.
Por vezes a gravidez não corre bem e surge um aborto espontâneo. A impossibilidade de conhecer um bebé que se amou muito pode ser um evento extremamente complicado para a mãe, o pai e a família. Quando ocorre a perda de um bebé, surge um período de dor e sofrimento que a mulher tentará ultrapassar. A perda de um filho é um processo de traumático ligado à perda de um objecto de amor.
Enfrentar e ultrapassar um aborto é uma tarefa que coloca em causa o equilíbrio psicossomático da mulher. A maioria das mulheres que sofre de aborto espontâneo consegue ultrapassar a perda, sem sofrer de perturbações psicológicas associadas. Mas o aborto pode ser bastante traumatizante, gerando perturbações psicológicas como a depressão e a ansiedade. Em casos extremos pode também gerar distúrbios como o Transtorno de Stress Agudo ou o Transtorno de Stress Pós-Traumático. A experiência traumática pode gerar também medos, que impedem algumas mulheres de tentar outra gravidez, pois querem evitar voltar a passar pelo mesmo sofrimento.
As mulheres que sofreram aborto espontâneo são consideradas um grupo de risco e devem ser acompanhadas se existiram indícios de sequelas psicológicas desse aborto. Alguns dos sintomas apresentados neste artigo são normais no período inicial e fazem parte do processo natural de luto. No entanto, alguns destes sintomas permanecem durante muito tempo, afectando ou comprometendo o regresso à vida normal. Algumas mulheres sentem que jamais poderão ultrapassar a perda. Nestes casos, devem procurar ajuda, pois o diagnóstico e tratamento precoce destas perturbações aumenta as hipóteses de recuperação rápida e total. A mulher deve encontrar ajuda num técnico especializado, conhecedor do seu problema nas suas vertentes física e psicológica, que tenha disponibilidade, empatia, tempo e um espaço acolhedor e especialmente destinado para este efeito.
Desta forma, é essencial que se humanizem os cuidados de saúde, para que estes permitam a criação de espaços específicos para ouvir estas mulheres, e para que se formem técnicos para actuar eficazmente sobre esta forma de sofrimento tão particular. É imprescindível que o médico não trabalhe sozinho, que se desenvolvam equipas multidisciplinares, onde a colaboração de várias áreas da medicina e psicologia poderão produzir resultados mais animadores.
Efeitos Psicológicos do Aborto
O aborto espontâneo está associado a efeitos psicológicos negativos. Os sintomas podem ser agrupados em quatro categorias: estados emocionais, efeitos cognitivos, efeitos comportamentais e sintomas físicos:
- Estados Emocionais (Choque, culpa, raiva, ansiedade, depressão, isolamento);
- Efeitos Cognitivos (Pensamentos intrusivos acerca do feto, alucinações auditivas e visuais relacionadas com o bebé, sensação de movimentos fetais, dificuldades de concentração, dificuldades em tomar decisões, amnésia, fantasias sobre o feto);
- Efeitos Comportamentais (Dificuldade em adormecer, pesadelos, perda de apetite, abuso de substâncias, evitar hospitais, evitar conviver com mulheres grávidas e crianças);
- Sintomas Físicos (Sensação de estômago vazio, rigidez nos ombros, fadiga, transpiração excessiva).
Tal como já foi referido, muitos destes sintomas são normais logo após ter ocorrido o aborto espontâneo. Na maior parte dos casos, estes sintomas diminuem de intensidade e desaparecem naturalmente com o passar do tempo. Se os sintomas permanecerem, a mulher deve procurar ajuda especializada.
Transtorno de Stress Agudo e Transtorno de Stress Pós-Traumático
Tanto o Transtorno de Stress Agudo como o Transtorno de Stress Pós-Traumático são descritos como consequências da exposição a um evento traumático que gera emoções negativas e um determinado tipo de sintomas. Apesar de existirem ainda poucas investigações sobre esta temática, alguns autores defendem que pode existir uma relação próxima entre estas perturbações e alguns casos de aborto espontâneo.
O Transtorno de Stress Agudo apresenta um conjunto de sintomas característicos após exposição a um evento traumático. A resposta ao evento pode envolver medo intenso, reviver o evento traumático, fuga a estímulos associados ao trauma e sonhos aflitivos recorrentes durante os quais o evento é reencenado. Estes sintomas envolvem um intenso sofrimento psicológico, que aumenta sempre que a pessoa é exposta a eventos que lembrem o evento traumático (como por exemplo aniversários do evento). Os estímulos e pensamentos associados ao trauma são permanentemente evitados. Por vezes ocorre também uma “anestesia emocional”, ou seja, uma responsividade diminuída ao mundo externo, diminuição de interesse em realizar actividades que anteriormente davam prazer, isolamento, diminuição da capacidade de sentir emoções, nomeadamente aquelas que implicam intimidade, ternura e sexualidade. Por vezes ocorrem insónias, pesadelos e irritabilidade.
O Transtorno de Stress Pós-Traumático é semelhante ao Transtorno de Stress Agudo sendo a duração dos sintomas o factor que permite fazer o diagnóstico diferencial. Enquanto que o Transtorno de Stress Agudo tem uma duração mais curta (entre 2 dias a 4 semanas), o Transtorno de Stress Pós-Traumático prolonga-se por mais de 4 semanas.
Alguns estudos apontam para a existência de 10% de mulheres que sofrem de Transtorno de Stress Agudo e 1% com Transtorno de Stress Pós-Traumático após aborto espontâneo.
É muito importante que o médico esteja atento a estes sintomas e que procure avaliar se existe ou não uma perturbação psicológica, como é o caso do Transtorno de Stress Agudo e o Transtorno de Stress Pós-Traumático. Nestes casos existem técnicas específicas de tratamento psicológico. A intervenção terapêutica vai procurar ajudar a mulher a olhar para o seu problema com uma nova perspectiva, para que consiga entender melhor a sua perda, reconhecê-la, aceitá-la e poder seguir a sua vida em frente.
Por esta razão, é muito importante que as mulheres que sofreram um aborto espontâneo tenham a oportunidade de ser submetidas a uma avaliação psicológica, para que seja possível a determinação das sequelas deste acontecimento, e seu tratamento caso se considere necessário.
Aceitar Uma Nova Gravidez
Podemos considerar que uma gravidez após um aborto espontâneo é uma gravidez de risco do ponto de vista psicológico. Existe neste caso um duplo desafio: a mulher é confrontada com o desconhecido e a mudança, que faz parte de qualquer gravidez, e também com o perigo e insegurança sobre a continuação da gravidez. Nestes casos, a mulher vai ter medo de reviver a situação traumática que ocorreu no passado.
Muitas mulheres que sofreram de aborto espontâneo têm tendência para adiar uma nova gravidez, pois por vezes não se encontram preparadas psicologicamente para encarar uma nova perda.
A experiência de perda de um bebé vai ser determinante na forma como é encarada a hipótese de uma gravidez no futuro. Quando existiu uma gravidez que não teve um final feliz, a perspectiva de uma nova gravidez vai ser influenciada pelos sentimentos associados à primeira gravidez e pela forma como se resolveu e ultrapassou (ou não) esta perda.
Quando o luto decorre de forma saudável, a perda é ultrapassada e a mulher tem oportunidade de criar um espaço de investimento emocional numa nova gravidez. O processo evolui, na maior parte dos casos, para uma readaptação e aceitação da situação de perda e ao ganho de um novo espaço para novos investimentos noutros objectos de amor. Mesmo quando este processo ocorre normalmente, é comum que surja um medo em engravidar novamente e passar pelo mesmo sofrimento. Quando surge uma nova gravidez, também é natural que surjam lembranças da gravidez anterior, mas isso não impede que o novo bebé seja investido pela mãe. Se surgirem momentos de grande ansiedade, estes devem ser partilhados com o médico e com a família, de modo a serem minimizados.
Por vezes, surge também uma situação completamente oposta. Algumas mulheres tentam engravidar o mais depressa possível após o aborto espontâneo. Este investimento demasiado rápido pode ser o reflexo de uma tentativa de substituir a anterior gravidez que correu mal. Muitas vezes, esta gravidez surge como uma tentativa inconsciente de “ressuscitar” o filho que não chegou a nascer, sendo evidente nos casos em que o nome do novo bebé é o mesmo, deseja-se que o sexo do bebé seja o mesmo… Este desejo de substituição pode ser reflexo de uma negação em aceitar o aborto ocorrido no passado e, consequentemente, de o ultrapassar. Nestes casos, é importante dar tempo ao tempo.
Logo após confirmar que está novamente grávida, a mulher depara-se com sentimentos paradoxais. Por um lado aumenta novamente a sua esperança para ter um filho, mas por outro lado sente um intenso medo de voltar a passar por outro aborto espontâneo. Começa então a observar continuamente o seu corpo, procurando sinais de alarme. Esta situação é vivida com grande ansiedade, que aumenta à medida que se aproxima o tempo de gravidez em que ocorreu o anterior aborto.
Durante uma gravidez que ocorre após um aborto espontâneo, a mulher está hipervigilante e preocupa-se continuamente com a sua saúde e saúde do bebé. O médico deve conversar com a grávida e acalmá-la, transmitindo-lhe a sensação de controlo da situação.
É muito importante que a mulher seja ajudada por um técnico especializado a ultrapassar a sua ansiedade e a utilizar estratégias que a possam diminuir ou tornar mais suportável, pois sabe-se que a ansiedade está intimamente relacionada com problemas de gravidez e partos prematuros. As mulheres que sofreram de abortos espontâneos vivem a nova gravidez com sentimentos de pessimismo, procurando evitar vincular-se ao bebé, preparando-se inconscientemente para um novo fracasso. Esta atitude procura evitar o sofrimento, surgindo como uma defesa. No entanto, esta atitude não é saudável para uma vivência saudável da gravidez.
É importante ter em conta que é durante a gravidez que se inicia a relação mãe-bebé. Desta forma, ao sabermos que uma gravidez após um aborto espontâneo está associada a riscos do ponto de vista psicológico, temos que procurar salvaguardar a qualidade da relação mãe-bebé. A criação e promoção desta relação, livre de ansiedade, pessimismo e insegurança, vai prevenir perturbações futuras ao nível da vinculação. Poderemos assim criar condições que ajudem a mãe a viver calmamente o momento único da gravidez e assim promover a saúde mental da criança que vai nascer.

Sónia Pereira – Psicóloga Clínica

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Fórum

Um novo fórum que a querida Sofia criou, depois de um blog excelente, um fórum que espero que venha a ter muito sucesso.

Visitem, não se vão arrepender ;)

http://aquihabebe.forumotion.net/forum.htm

HBA2C Story - Há sempre esperança :) depois de 2 cesarianas...

Doula