quinta-feira, 30 de outubro de 2008

2º Curso de Educador Perinatal (para um Parto Humanizado) em Portugal

Este curso vai contar com duas edições, uma em Beja e outra no Porto.
Data e Horário em Beja:
18 a 22 de Fevereiro, das 8h30m às 18h excepto no último dia, que termina às 12h30m. Cinco (5) dias de curso.
Local: Escola Superior de Saúde de Beja
Pagamentos: 370 euros até dia 30 de Dezembro, 390 euros após essa data e até 15 dias antes do curso.Transferências bancárias para o NIB 00360308 99100 00299 407.É essencial guardar comprovativo do pagamento para poder receber certificado de presença.Doulas da Associação Doulas de Portugal e sócios da Humpar têm desconto de 10% (é necessário ter a quota em dia para ususfruir desse desconto).

Data e Horário no Porto: 24 a 28 de Fevereiro de 2009, das 8h30m às 18h excepto no último dia, que termina às 12h30m.
Local: Casa do Rio (junto à Pousada da Juventude do Porto) http://www.acasadorio.blogspot.com/
Pagamentos:
370 euros até dia 30 de Dezembro, 390 euros após essa data e até 15 dias antes do curso.Transferências bancárias para o NIB 0036.0000.99104696281.48 (Montepio Geral).É essencial guardar comprovativo do pagamento para poder receber certificado de presença.Doulas da Associação Doulas de Portugal e sócios da Humpar têm desconto de 10% (é necessário ter a quota em dia para ususfruir desse desconto).
Alimentação e transportes não incluídos.
Número limitado de vagas.
Pré-inscrições para o curso de Beja: doulaluisa_c@yahoo.com
Pré-inscrições para o curso do Porto: cursoperinatalporto@gmail.com
Conteúdos
I - GESTAÇÃO
Educação Perinatal – História da preparação para o parto
Embriologia
Anatomia e fisiologia da gestação
Pré-natal centrado na fisiologia e na família
Humanização X Rotinas
Transtornos da gravidez e fenómenos adaptativos
Nutrição na gravidez
Aspectos psicológicos do ciclo gestacional
Actividade física – preparando-se para o parto
Aspectos sociais e legais da gestação e do parto
Patologias da gestação
Plano de Parto e Plano do Bebé
Escolha dos profissionais e local do parto (sistemas privados e institucionais)
II – PARTO
Antropologia do nascimento
Nascimento humano na actualidade – Onde, como e com quem?
Fisiologia do parto e complicações
Intervenções no parto
Posições no trabalho de parto e parto
Fases do trabalho de parto
Actuação da equipe interdisciplinar de assistência ao parto
O pai e demais acompanhantes no parto
Parto e sexualidade
Encontrando conforto no trabalho de parto
Cesarianas – Indicações, VBACs
Acolhendo o recém-nascido - Contacto, vínculo e amamentação na primeira hora
Nascimento humano e Medicina baseada em Evidências
III – PÓS-PARTO
Transtornos da puérpera e do recém-nascido
Pós-operatório – Cesariana, episiotomia
Amamentação
Cuidados com o recém-nascido e o bebé
Perdas – Abortos, FMs, crianças especiais
Actividade física no pós-parto
Aspectos psicológicos do puerpério
IV – TRABALHANDO COM EDUCAÇÃO PERINATAL
Aspectos éticos
Relacionamento com o cliente
Relacionamento com outros profissionais (enfermeiras, obstetras, doulas, parteiras)
Montando e divulgando cursos para casais grávidos
Dilemas: Informação X Orientação
Serão visionados vídeos e slides shows de parto, e será entregue uma sebenta com informação.
Equipa Docente Da ANDO (http://www.doulas.org.br/)
(a confirmar mais dois docentes)
Dr. Ricardo Herbert Jones,
MD, Ginecologista – Obstetra – Homeopata.
Formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1985.
Residência médica no serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre em 1986/87. Formado em nível de pós-graduação em Homeopatia pela Sociedade Gaúcha de Homeopatia em 1994. Ex-Membro do Colegiado Nacional da ReHuNa – Rede pela Humanização do Parto e Nascimento – e Membro do Conselho Consultivo da ReHuNa. Conselheiro Médico e Membro da Humpar – Associação Portuguesa pela Humanização do Parto. Conselheiro Médico da ANDO - Associação Nacional de Doulas. Representante do IMBCO – (International MotherBaby Childbirth Organization – Organização Internacional da MãeBebé para o Nascimento) para o Brasil, e colaborador do IMBCI (Iniciativa Internacional para a MãeBebé).Escreveu em 2004 o livro ";Memórias do Homem de Vidro - Reminiscências de um Obstetra Humanista", onde aborda os alicerces do projecto de humanização do nascimento sob a óptica de um médico em processo de transformação. O livro traz relatos e histórias vividas pelo autor nos seus mais de 20 anos de contacto com o nascimento humano e o feminino. É um livro leve, não técnico, voltado para as pessoas que sonham com um nascimento mais digno. Aborda o parto e nascimento como em evento empoderador da mulher e fortalecedor dos laços afectivos da família. Este livro foi recentemente traduzido para o espanhol, sendo lançado no II Congresso Internacional de Humanização do Nascimento em Monterrey – México, com o título “Crónicas de un Obstetra Humanista” (Editorial Creavida-2006) .A tradução para o inglês e alemão ocorrerá num futuro próximo.Participou do livro "Amamentação" de Marcus Renato com o capítulo "Assistência Pré-Natal" e do livro "Models That Work" de Robbie Davis-Floyd, com o capítulo "Team Work" (a ser lançado em 2008). Conselheiro, médico voluntário e ex-Vice-presidente da Liga Homeopática do Rio Grande do Sul actuando desde 1993.Profere palestras sobre humanização do nascimento no Brasil e no exterior, já tendo realizado conferências em Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, São Paulo, Sorocaba, Botucatu, Brasília, Rio de Janeiro, Salvador e Recife no Brasil, em Oaxaca, Oaxtepec e Monterrey no México; Buenos Aires, na Argentina; Arlington, Eugene, New Jersey, Akron, Austin (a convite do departamento de antropologia da Universidade do Texas), Saint Louis – Missouri (Palestrante no Congresso da DONA International – 2007) e em Cleveland, nos Estados Unidos (a convite do departamento de antropologia da Case Western Reserve University); Montevidéu, no Uruguai; Lisboa, em Portugal (onde participou da comissão organizadora do I Congresso Internacional de Humanização do Nascimento – Amor e Responsabilidade) .Participou de vários cursos de formação de doulas no Brasil e do curso de Educação Perinatal do GAMA em Portugal.
Neusa Oliveira Jones
Enfermeira-obstetra formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1983. Especializou- se em obstetrícia na mesma universidade no ano de 1992. Trabalha como enfermeira do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, em Porto Alegre. Possui experiência em partos institucionais e trabalha numa equipe interdisciplinar que atende nascimentos tanto no hospital quanto no domicílio. É integrante da ANDO – Associação Nacional de Doulas, professora convidada dos Cursos de Pós-Graduação em Enfermagem Obstétrica da UFRGS em 2005 e da Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Sul de 2000 a 2002. Membro da REHUNA (Rede pela Humanização do Parto e Nascimento) e participante da ABENFO-RS (Associação Brasileira de Enfermeiras Obstetras). Recentemente realizou estágio nas Casas de Parto do Japão através da JICA (Japan International Cooperative Agency).Participou como palestrante de vários congressos de humanização do Nascimento, tanto no Brasil quanto no exterior, como Porto Alegre e Rio Janeiro no Brasil ; Lisboa (Portugal), Oaxtepec no México. Participou de vários cursos de formação de Doulas no Brasil.Lucía CaldeyroPedagoga, psicodramatista, terapeuta corporal, educadora perinatal e doula (há 25 anos), capacitada pela DONA, Doulas of North America. Vice-presidente e coordenadora pedagógica da Associação Nacional de Doulas (ANDO), facilitadora nos cursos de capacitação de Doulas da ANDO, membro da Rede pela Humanização do nascimento (ReHuNa). Membro do Programa de Parto Alternativo do CAISM / FCM / UNICAMP, participando de pesquisas e publicações e actuando como Educadora Perinatal e doula de 1982 a 1995 e de 2005 até a presente data.
Com o apoio de:
Escola Superior de Saúde de Beja
Associação Doulas de Portugal http://www.doulasdeportugal.org/
Associação Portuguesa pela Humanização do Parto http://www.humpar.org/
Qualquer dúvida contactar:
Luísa Condeço: 967624505
Drª Lurdes Rodeia: 962449776
Mariana Simões 966191067

(http://doulasdeportugal.blogspot.com/2008/09/curso-de-monitor-perinatal-em-portugal.html)

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Por uma vida melhor.

Olá meninas venho divulgar a I Jornadas de Obstetrícia que tem como tema "Por uma vida melhor"


Vai ser no Auditório da Escola Superir de Saúde de Vale do Ave em Famalicão.

Dias 23 e 24 de Outubro 2008.

Mais informações no blog: Jornadas de Enfermagem de Obstetrícia

O segundo parto.

Depois de uma férias cá estou de volta :)
O parto é sempre o momento mais temido - e ao mesmo tempo mais desejado - pela futura mamã. Mas, embora pareça mentira, quando se trata da segunda experiência, os receios são, geralmente, maiores.
Quem observa a cena de fora, acha que as mulheres que esperam um segundo filho, como já passaram pela experiência e “sabem do que se trata”, manejarão a situação “à vontade”, e entrarão na sala de parto com uma grande confiança.
No entanto, nada mais afastado da realidade. Porque a verdade e que o segundo parto vive-se, a maior parte das vezes, com mais angústia de que o primeiro. Com efeito, os receios da mamã que vai dar à luz o seu segundo filho - embora sejam semelhantes aos que experimentou com o primeiro - , estão agora corrigidos e aumentados. Neste caso, somam-se novas ansiedades, que se aplicam a todo o parto, e que serão ainda maiores com o terceiro filho.
O que quer dizer que o medo incrementa-se na medida em que aumenta o número de filhos. Noutras palavras: quanto mais partos, maiores receios. Embora pareça um paradoxo, nesse momento concentram-se todos os temores, ansiedades e preocupações face aos riscos - tanto reais como imaginários - que agora se sabe, com toda a certeza, que existem. No entanto, é verdade que os receios, trate-se do primeiro filho ou do quinto, dependem de cada mulher e da sua história.
Na recta final
Durante o último mês de gestação, seja do primeiro ou do sexto filho, a iminência do nascimento do bebé representa para os pais, e muito especialmente para a mãe, o culminar de um período de tensa espera. O parto depressa chegará, e as fantasias concentram-se em redor do medo da morte, da dor e do vazio. Na parte final, da mesma maneira como aconteceu com o primeiro filho e que sucederá com os seguintes, a mulher tem sentimentos desencontrados. Por um lado, a sua parte “madura” anseia pela chegada do bebé.
Por outro, perturba-a a ideia de que a gravidez esteja a chegar ao fim. E, ao mesmo tempo, o seu aspecto mais infantil anseia por escapar do parto com medo da dor. A verdade é que face a cada parto a futura mãe sente que deve efectuar um exame no qual - nada mais nada menos - vai “tirar o diploma de mamã” tantas vezes como filhos tiver. E é muito importante dar-lhe a garantia de que saberá fazê-lo muito bem.
Os receios do pré-parto
ansiedade específica desta etapa é a incerteza, que se exprime sob a forma de curiosidade, respeitante à data em que se produzirá o parto e do sexo do filho, se é que ainda não o conhece. E embora cada mamã deposite os seus temores em alguma circunstância particular que a inquieta e preocupa, existem alguns que poderíamos chamar “universais”, dado que são compartilhados por quase todas as mulheres. Os mais frequentes referem-se a situações que a mulher não pode controlar. Entre eles: não conhecer como está colocado o bebé na sua barriga, não saber o que ele faz e o que sente, e o medo ao roubo ou troca do bebé. É por isso que todas as mães desejam e pedem sempre para ver o seu bebé na altura em que nasce. Desta forma, pode reconhecê-lo como próprio.
Surgem, ao mesmo tempo, os receios de morrer no momento de dar à luz, de ter um parto traumático, um filho disforme, ou a morte do bebé, aos que se somam o de não encontrar o médico no instante preciso, o de não saber quando deve ir para a maternidade, ou de ficar sozinha quando começam as contracções. No respeitante ao medo da dor, suscita-se um paradoxo. Por um lado, o bíblico “parirás com dor” parece continuar a vigorar apesar da existência da anestesia peridural. De facto, muitas vezes a mulher chega à maternidade em avançado trabalho de parto e ao perguntar-lhe porque não chegou mais cedo ela responde “porque não me doía”. De modo que parto e a dor parecem estar indissoluvelmente associados. E como se tudo isto fosse pouco, aparecem, além disso, o medo de enfrentar esse desconhecido que é o recém-nascido, e a angústia da separação, essa tristeza pela perda da barriga. Porque embora seja verdade que se ganha um filho, perde-se o estado de grávida, vivido geralmente como um estado de plenitude, com todos os olhares, mimos e elogios. Situação que não se repetirá até à próxima gravidez.
Segundo parto, novos receios
Quando se trata do segundo filho, às ansiedades atrás mencionadas, somam-se algumas novas, relacionadas, basicamente, com o primogénito. Com efeito, nas últimas semanas ou dias anteriores ao parto, a mamã tem vontade de conhecer o seu bebé, tê-lo nos braços, dar forma e rosto às imagens tantas vezes fantasiadas e esperadas, mas sente, ao mesmo tempo, uma série de receios e preocupações pelo seu primeiro filho.
Um momento maravilhoso
Não obstante, e para lá dos receios, o parto é um processo natural e maravilhoso, para o qual nos preparámos durante nove meses. Chegado o momento, com uma adequada atenção profissional conseguiremos dominar a ansiedade e desfrutar de uma das experiências mais fascinantes da vida. Para finalizar, um pequeno conselho “anti-ciúmes” (e pró auto-estima): no momento de entrar na maternidade, coloque no saco um porta-retratos com uma fotografia linda e grande do primogénito. Desta maneira, quando visitar a sua mamã e o bebé na maternidade, a criança sentirá que apesar da chegada de um novo membro à família ele também continua a ser importante, conserva certo protagonismo e, fundamentalmente, está muito presente entre os afectos mais apreciados pela sua mamã.
Os receios típicos de todos os partos

*Que o bebé nasça com alguma malformação.
*À morte do recém-nascido.
*À dor.
*Às contracções e à episiotomia.
*De ficar magoada.
*De morrer no parto.
*À solidão e ao desamparo.
*A expulsar ou reter o bebé, como expressão do desejo de um parto prematuro ou de prolongar a gravidez.
*De não recuperar a linha.
*De não saber quando tem de sair da maternidade.
*De não chegar a tempo à maternidade e dar à luz em casa ou noutro lugar.
*De que o “seu” médico não chegue a tempo para o parto.
Os receios do segundo parto
Além das ansiedades típicas do parto, com o segundo filho a mãe experimenta alguns receios novos:

*De morrer durante o parto e que o primogénito fique sem mãe.
*Dos ciúmes do primogénito: até agora “rei” da casa, a mamã receia pelos naturais ciúmes que o primeiro filho sentirá pela presença do seu irmãozinho.
*De não conseguir amar o novo bebé com a mesma intensidade do primeiro: este sentimento é comum a todas as mamãs que esperam um segundo filho, embora nem sempre o manifestem abertamente (“que pensarão se me ouvem? Vão julgar que eu sou uma má mãe”).
*Quem cuidará do primogénito quando ela for internada: quando a data do primeiro parto se aproxima, a mamã preocupa-se pelo enxoval, por ter a casa preparada para receber o bebé e o saco pronto com todas as coisas que deve levar para a maternidade. Mas agora deverá prever, além disso, quem cuidará do irmãozinho - ansioso, na expectativa e ciumento - quando tiver de sair da maternidade. Com quem ficará? Tratá-lo-ão como eu o tratava? E se for de madrugada, como farei? E se não me der tempo de deixá-lo com a avó? Estas são algumas das dúvidas mais frequentes.

HBA2C Story - Há sempre esperança :) depois de 2 cesarianas...

Doula