quinta-feira, 21 de agosto de 2008

A chegada de um novo irmão...

O nascimento do segundo filho traz sempre preocupações aos pais quanto à possibilidade do primeiro filho sentir ciúmes do irmãozinho que está por vir.

Imagine para uma criança o que significa dividir, além dos seus brinquedos, o carinho e a atenção de seus pais. A criança mais velha sentirá ciúmes sim, e, particularmente, se a diferença de idade for maior que 2 anos. A maneira como ela vai lidar com isso vai depender da forma com que a mãe e o pai irão proceder com a vinda do novo bebê.

Veja abaixo algumas dicas para que a chegada do novo irmãozinho seja a mais tranquila possível:

=» Todas as alterações na vida do irmão mais velho devem ser feitas antes do segundo filho nascer, para que ele não associe as mudanças à chegada do irmãozinho.

=» Deixe que o primogênito sinta o bebê na sua barriga, assim ele vai se acostumando com o novo irmão e entenderá as mudanças e as transformações que irão acontecer com a mamãe.

=» Leve seu filho em uma ou duas consultas pré-natais, e em especial ao ultra-som. Mas não esqueça de levar ao consultório um lanche, livro, ou brinquedo predileto, para o caso de haver uma longa espera.

=» Não diga coisas como: “Não se preocupe, pois mesmo com a chegada do novo bebê nós vamos continuar a gostar de você” - por mais bem intencionadas que sejam, tais afirmações podem causar preocupações em seu filho. Ele pode se sentir incapaz de competir com o bebê.

=»Envolva seu filho nos preparativos que lhe demonstre interesse: a escolha dos móveis, roupas e brinquedos para o quarto do bebê. Deixe-o até escolher sozinho uma ou duas coisas baratinhas, pois ele irá se sentir participativo.

=»Apresente ao seu filho os nomes que você pensa em dar ao bebê, integrando-o nesse processo de escolha. Mas lembre-se, é claro, que a escolha final é sua e do papai.

=» Se o papai até agora não esteve muito envolvido nos cuidados com a criança, comece a trazê-lo para as rotinas de alimentação, banho e hora de dormir, para que ele possa substituí-la da melhor forma quando você estiver no hospital ou ocupada com o novo bebê.

=» À medida em que a data do parto se aproxima, prepare seu filho sobre o fato de você precisar passar algum tempo no hospital quando o bebê chegar. Peça a ele ajuda para arrumar as malas. Certifique-se de que a pessoa que ficará com ele está completamente familiarizada com sua rotina.

=» Após o nascimento do bebê, você pode pedir para o seu filho mais velho auxiliar nas tarefas com o irmãozinho, como ajudar a dar banho, escolher a roupa que ele irá vestir, etc, dando sempre um enfoque positivo para criar uma simpatia mútua.

=» O pai nesse período tem um papel muito importante. Por ter mais tempo disponível que você, ele pode se dedicar ao mais velho, como levá-lo a passeios, teatro, e outras atividades. É uma excelente oportunidade de aproximação entre eles.

=» Acostume seu filho a passar menos tempo sozinho com você. Se você nunca o deixou com uma babá e vai precisar fazê-lo depois que o bebê chegar, comece a deixá-lo com a babá por curtos períodos ao dia.

Estes procedimentos visam somente diminuir as crises de ciúmes, que dificilmente irão acabar. O comportamento do filho mais velho varia de criança para criança. Uns ficam mais tímidos, outros mais chorões. Há os que ficam mais nervosos ou mais agressivos. Uns retrocedem e outros resolvem ser mais independentes.

Com o tempo, o mais velho irá perceber que não perdeu nada, e o ciúme diminuirá. O melhor a fazer nos momentos mais difíceis com a criança mais velha é dar mais carinho para que ela se sinta amada. Posteriormente, tudo se resolverá e eles se tornarão irmãos e amigos inseparáveis.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Livros

Novas aquisições :)
=> Ioga na gravidez, parto e pós-parto - Françoise Barbira Freedman;
=> Fertilidade e concepção - o guia completo para engravidar - Zita West;
=> Porque chora o meu Bebé? - Sheila Kitzinger.

Curso de Drenagem Linfática Manual.

A minha nova aposta.
Em Setembro começo a tirar este curso, durante 5 meses.
Acho que vai ser uma boa aposta e espero tirar muitos frutos dele.
O que é?
A massagem é a manipulação dos tecidos moles do corpo com técnicas específicas que promovem ou restauram a saúde. A massagem corporal regular pode aliviar a tensão emocional e promover a saúde, restaurando-a de forma gradual na pessoa como um todo. A massagem também constitui a base de outras terapias, como a Aromaterapia, Shiatsu e fisioterapia e tem um papel importante na medicina chinesa e ayurvédica. Hoje em dia são inúmeras as pessoas que procuram os serviços de Drenagem Linfática Manual em centros especializados, spas, clínicas de beleza, bem como em centros de fisioterapia ou outros locais de igual especificidade. A DLM é uma técnica de massagem que visa estimular o sistema imunitário e linfático. A importância desta estimulação é vital. Os gânglios linfáticos surgem ao longo do sistema e actuam como filtros de infecção. Ao aprisionar os germes, os nódulos evitam que se dirijam para órgão distantes. São importantes na formação de um tipo de glóbulos brancos, linfócitos, que combatem a doença. Os gânglios são proeminentes no pescoço, virilhas e axilas. Ajuda ainda a manufacturar e armazenar células sanguíneas, destruindo as células velhas, contribuindo para o metabolismo. Enfrenta também a infecção, produzindo células brancas e anticorpos. A prática profissional deste tipo de massagem requer conhecimentos e competências específicas que só podem ser adquiridos através de acções de formação do tipo daquele que aqui é proposto, ou seja, complementando a componente prática com conhecimentos sólidos que sustentem as intervenções a realizar. Tal como noutros casos, a DLM é uma forma de terapia que mais pelo seu interesse terapêutico intrínseco, se assume hoje como uma saída profissional com grande margem de progressão. A formação profissional neste caso é absolutamente crucial por forma a garantir eficazmente a qualidade dos terapeutas que oferecem os seus serviços, se o fizerem como terapeutas DLM sem outra formação de base mas também é muito importante para aqueles profissionais com formação de base, como por exemplo os profissionais de enfermagem ou de fisioterapia que vejam na DLM mais uma importante ferramenta para o seu trabalho.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

O que é um PARTO ACTIVO?

O conceito de Parto Activo foi desenvolvido pela educadora perinatal Janet Balaskas, na Inglaterra. Parto Activo significa que a mulher é quem faz o seu bebé nascer. Não é o médico quem faz o parto. Não é a parteira quem faz o parto. É a mulher, seu corpo, sua mente e sua alma. Claro que não existe Parto Activo sem uma equipe que aceite neutralizar sua participação em favor do protagonismo da gestante. Portanto para um parto verdadeiramente activo é necessário uma mulher activa, um acompanhante (o pai do bebé ou outro por ela escolhido), um bebé e alguém que fique ao lado apenas verificando se tudo está bem, sem intervir no processo natural do nascimento.
O corpo da mulher já vem preparado para o parto. Sedentárias, ginastas, activas, magras, gordas, altas ou magras, todas as mulheres têm a capacidade inata de permitir que o bebé viva, se desenvolva e nasça através de seu corpo. No entanto o parto é um processo dinâmico, no qual o bebé faz uma série de movimentos através da bacia (zona pélvica da mãe), até que possa sair para a luz.
Ele desce, insinua seu crânio pela bacia pélvica, dobra o pescoço, gira, colabora. Enquanto isso a mãe se move, anda, muda de posição, pende apoiada pelo companheiro, acocora-se, deita-se. Como quando tentamos tirar um anel justo do dedo, só o movimento é que permite que um deslize ao redor do outro.
Se permitimos que a mulher adopte todas as posições que lhe parecem confortáveis, se possibilitamos a liberdade de movimento e acções, se o ambiente do parto for propício para essa liberdade, mãe e bebé encontrarão a fórmula para a travessia que eles têm que fazer. Por isso é fundamental que no ambiente do parto sejam oferecidos os elementos fundamentais para um parto activo:
- Privacidade: se a mulher não tiver privacidade, ela fica tolhida em sua liberdade e deixa de se movimentar de acordo com sua vontade.
- Opções à litotomia/leito/cama: deitar é em geral a última coisa que uma mulher quer fazer em trabalho de parto, de forma que ela precisa ter opções como a bola suíça, cavalinho, banqueta de parto, almofadas, cadeira, poltrona, etc...
- Equipa: é importante que as mulheres sejam acompanhadas por pessoas que estejam acostumadas ao conceito de parto activo, como as Doulas, Enfermeiras Obstetras e Médicos Obstetras motivados e seguros em relação ao parto natural.
- Recursos não farmacológicos para a dor do parto (métodos não médicos para alívio da dor): sendo o parto um processo lento e muitas vezes doloroso (especialmente no pico das contracções), é fundamental que a mulher possa ter à mão os recursos para lidar com essa dor, como chuveiro, banheira, bolsa de água quente, chás e o que mais for possível dentro do contexto.
- Prioridade para o parto natural: para que a mulher se sinta no controle da situação, ela precisa vivenciar/passar pela experiência (d)o processo da forma como a natureza propôs, ou seja, sem o artifício do jejum, da ruptura artificial da bolsa das águas, do uso de soro com hormonas artificiais (occitocina), forças (“puxos”) dirigidas, etc...
Dentro dessa filosofia de atenção ao parto, os procedimentos médicos são destinados apenas às situações especiais, que não deveriam superar uma pequena percentagem do total de mulheres saudáveis. O parto sempre será um processo normal e natural, para o qual as mulheres continuam estando preparadas, independente de não lavarem mais roupas à beira do rio acocoradas. Basta que deixemos as grávidas em paz e que lhes ofereçamos o mínimo necessário para o conforto, e elas saberão o que fazer.
Se você está grávida e deseja ter um Parto Activo, leia, pesquise, pergunte, questione seu médico, questione a maternidade onde vai ter seu bebé, faça um plano de parto, procure um grupo de apoio, faça seu acompanhante entender a importância desse processo para você e seu bebé.Não entregue o seu corpo, seu bebé e seu parto nas mãos de outros. Eles pertencem-lhe, são SEUS, são VOSSOS.
Ana Cristina Duarte

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

ADOPÇÂO

Adpção mantém demora de 5 anos.

Lei.
As regras da adopção mudaram há cinco anos. O objectivo era tornar o processo mais rápido para todos os envolvidos, candidatos e crianças, mas um dos pais da nova legislação, Luís Villas-Boas, diz que continua a haver muitos bloqueios e que é preciso uma nova dinamização
Cinco anos após a entrada em vigor da nova lei da adopção, o tempo de espera dos candidatos a pais é, em média, quatro a cinco anos desde o início do processo. Para Luís Villas-Boas, que dirige o Refúgio Aboim Ascensão, a adopção em Portugal continua bloqueada. O presidente da Comissão de Acompanhamento da Execução da Lei da Adopção, criada em 2003 e extinta dois anos depois, diz que "a lei necessita de uma grande revisão e agilização" e que se perderam muitas das sinergias criadas.


"Enquanto prevalecer o depósito das crianças em instituições que não são centro de acolhimento mas de recolhimento, enquanto houver gente que espera anos para ser avaliada, a situação continuará a ser muito complexa e muito difícil", diz.Para a deputada socialista Maria José Gamboa, "a nova lei contribuiu para agilizar o processo mas continua a perder-se muito tempo na definição do projecto de vida da criança". Ou seja, há muitas crianças institucionalizadas que não podem voltar para a família mas que não estão disponíveis para adopção porque o seu projecto de vida não é definido pelo tribunal.

Para Luís Villas Boas, todas as crianças até 15 anos que não têm contacto com os pais durante um período igual ou superior a 90 dias "deviam ser avaliadas, uma a uma, para se aferir da sua adoptabilidade". "É o que está na lei", diz. Essas crianças deviam estar numa base de dados nacional, onde também deviam estar todos os candidatos, para se agilizar o processo, considera. "Hoje os casais estão reféns dos serviços regionais", acusa, lembrando que as listas nacionais de adopção, que defende desde 1996, não estão a funcionar como ele idealizou. Aliás, a legislação estabelece que a duração média da avaliação das candidaturas é de seis meses, mas há muitos candidatos que se queixam de atrasos logo no início do processo.

Demoras que se agravam depois porque há mais candidatos a pais do que crianças em situação de ser adoptadas. Eliana Gersão, do Observatório da Adopção, também considera que os principais obstáculos estão na dificuldade em apreciar se se verificam os pressupostos para a criança ser adoptada.

Luís Villas Boas salienta que há milhares de crianças que estão em instituições e que deviam ser adoptáveis. "Há dificuldades em caracterizar as crianças, porque muitos lares, casas e obras não têm técnicos capazes para dar as informações que os tribunais precisam. Mas, nestes casos, o Estado tem de ser capaz de enviar a documentação certa para o tribunal", diz. Rui do Carmo, procurador da República no Tribunal de Família e Menores de Coimbra, explica que, para ultrapassar as dificuldades neste capítulo, são necessárias boas assessorias técnicas, melhorias na formação dos magistrados nesta área e o alargamento dos tribunais de competências especializadas a todo o País.

Por outro lado, apesar de haver mais candidatos que crianças, lembra Eliana Gersão, "há centenas de miúdos disponíveis que não encontram pais, por serem mais velhos, de outras etnias, terem problemas de saúde", ou seja, por não corresponderem ao perfil desejado pela maioria dos candidatos. "É preciso apelar à generosidade das pessoas", diz.

fonte: Diário de Notícias

HBA2C Story - Há sempre esperança :) depois de 2 cesarianas...

Doula